A participação de Nossa Senhora em Pentecostes
Por: Henrique Cavalheiro
Dois assuntos pertinentes para o mês de maio, Maria e o Espírito Santo. O mês das flores, como é chamado pelo pai fundador, São Luís Guanella, lembra a Santíssima Virgem que representa todas as mães do mundo. Um mês inteiro para que os católicos aprofundem sua intimidade com a Santa Mãe de Deus. Também se recorda a festa de Pentecostes e a vinda do Espírito Santo no cenáculo. Por isso, é interessante comentar a relação de Nossa Senhora com o Paráclito.
Desde a encarnação do Verbo em Maria, foi o Espírito Santo que a cumulou de graças e assim gerou o Filho de Deus em seu seio virginal. “O Anjo lhe disse: O Espírito Santo virá sobre ti e o poder do Altíssimo vai te cobrir com sua sombra” (Lc 1,35). Vejam quanta intimidade possui a Santíssima Virgem com o Espírito Consolador. Quando o Espírito de Deus inunda o ser de alguém, ele transmite seus dons, que são: entendimento, sabedoria, ciência, conselho, fortaleza, piedade e o temor de Deus. Estes dons são hábitos inseridos na alma para a dispor a perceber com mais facilidade as ações do próprio Espírito. Em toda sua vida, Maria Santíssima, transpirou estes dons.
Tudo que a Igreja faz e diz é pedindo a inspiração do Espírito, sem Ele a humanidade nada faz de bom. Na prática das santas virtudes Maria se aproximou e se entregou a Ele. Deixou acesso livre para que fizesse com Ela a vontade do Pai, renunciou suas escolhas e silenciosa se abandonou nos impulsos do Espírito.
“Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar.” (At.2, 1-4). Vejam que beleza, a Santíssima Virgem estava com os discípulos em oração, nada mais justo, que Ela que tanto confiou e esperou também estivesse presente no momento do derramamento do Paráclito. Uma súplica comunitária, uma unidade que transbordou o amor do Pai. Recolhidos em prece, quase num retiro, atentos aos silêncios de Deus. No amor da Mãe, com a fé convicta em Jesus e com a força do Espírito Santo, os apóstolos estavam prontos para a missão de evangelizar.
Portanto, se a humanidade pretende ter uma comunhão maior com o Espírito Santo, seguramente, é se aproximando de Nossa Senhora, a esposa do Consolador, que terá um valioso êxito. Mas como Nossa Senhora, ao receber o Espírito Santo, é preciso se colocar a serviço do próximo, não dá para esperar, o mundo precisa dos frutos deste divino encontro.