Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face - 1873 - 2024 - 151 anos do seu nascimento
Terezinha teve uma infância extremamente feliz. Todos os escritos de sua mãe dão conta de que ela era uma criança alegre, esperta, carinhosa e obstinada. E assim permaneceu até os quatro anos, ocasião em que sua mãe morreu de câncer (em 28 de agosto de 1877).
Com apenas 6 anos de idade, após a catequese para a primeira comunhão realizada por sua irmã Paulina, se encantou profundamente pela figura do menino jesus e viu esse amor crescer abundantemente em seu coração. Anos mais tarde ao falar sobre o assunto Santa Terezinha afirmava amar muito o Menino Jesus, tanto que ao responder o chamado para a vida carmelitana, recebeu com alegria o nome de Tereza do Menino Jesus.
Terezinha, viu as irmãs mais velhas, uma a uma, consagrando-se a deus até chegar sua vez. Mas a vontade de segui-las era tanta que não quis nem esperar a idade correta. Aos quinze anos, conseguiu permissão para entrar no Carmelo, em Lisieux, permissão concedida especial e pessoalmente pelo Papa Leão XIII.
Em 10 de janeiro de 1889, dia em que recebe o hábito, assinará pela primeira vez “irmã Teresa do Menino Jesus e da Santa Face”, que será seu nome definitivo de Carmelita (Ct 80).
Durante sua vida Santa Terezinha dedicou muitos escritos, poesias e orações ao Menino Jesus, seus primeiros anos da infância e sua natividade. Em 1894 ela pintou o quadro “o sonho do Menino Jesus”, que mostra a figura do Menino Jesus brincando com flores que são oferecidas. No fundo do quadro observa-se a Sagrada Face abaixo da cruz, sob iluminação da lua, simbolizando a paixão de cristo.
Jogar pétalas de rosas quando o Santíssimo Sacramento passava no ostensório, assim como jogar lindas flores no grande crucifixo, que se localizava no jardim do Carmelo estava entre as grandes alegrias de Santa Terezinha.
Dias antes de sua morte, ela afirmou: “pegar um alfinete caído no chão, com amor, produz fruto de santidade”. Sua intenção foi sempre interceder a deus por todos os fiéis. Por esse motivo durante a novena de Santa Terezinha, se espera ganhar uma rosa de alguém como símbolo da graça alcançada.
Santa Terezinha teve seus últimos anos consumidos pela terrível tuberculose, que, no entanto, não venceu sua paciência com os desígnios do supremo. Morreu em 30 de setembro de 1897, com vinte e quatro anos, em seu leito de morte Santa Terezinha afirmou: “não me arrependo de haver-me entregue ao amor”.
E com o olhar fixo no crucifixo exclamou: “meu deus, eu te amo”, depois de prometer uma chuva de rosas sobre a terra quando expirasse. Essa chuva ainda cai sobre nós, em forma de uma quantidade incalculável de graças e milagres alcançados através de sua intervenção em favor de seus devotos.
Santa Terezinha do Menino Jesus e da Sagrada Face foi beatificada em 29 de abril de 1923 e canonizada em 17 de maio de 1925 pelo Papa Pio XI. Ela, que durante toda a sua vida teve um grande desejo de evangelizar e ofereceu sua vida à causa missionária, foi aclamada, dois anos depois, pelo mesmo pontífice, como “padroeira especial de todos os missionários, homens e mulheres, e das missões existentes em todo o universo, tendo o mesmo título de São Francisco Xavier”.
A festa em honra a Santa Terezinha foi incluída no calendário de festividades da igreja católica em 1927. A celebração era então feita no dia 3 de outubro. Em 1969, o Papa Paulo VI transferiu-a para 1º de outubro (isso porque no dia 30 de setembro, data em que morreu a santa, celebra-se o dia de São Jerônimo, que traduziu a bíblia do grego para o latim).
Cem anos depois da sua morte, em 1997, na carta apostólica, Divinis Amoris Scientia, o Papa João Paulo II declarou Santa Terezinha como doutora da igreja, devido a sua mensagem singular de infância espiritual e contemplação da Face de Cristo.
Os pais de Santa Terezinha, Luiz Martins e Maria Zélia Guérin também mereceram as honras celeste, sendo declarados veneráveis em 1994 por João Paulo II e em 19 de outubro de 2008 ocorreu a beatificação do casal por Bento XVI na basílica de Lisieux dedicada a Santa Terezinha.
E os mesmos foram canonizados em Roma no dia 18 de outubro de 2015 pelo Papa Francisco.