Quarta-feira Santa
Estamos de cara com o Tríduo Pascal. A liturgia de hoje tem um sabor amargo: a traição de Judas. Não nos confundamos: Judas representa todas as forças do mal que tomam parte dos nossos pecados, que se opõem aos planos maravilhosos de Deus. No Evangelho de Mateus, a noite já descia sobre a cidade e os peregrinos que vinham para a Páscoa continuavam chegando. Um ar festivo invade tudo, uma espécie de canto da libertação. Judas fica em silêncio, parece não ter consciência de ter vendido o seu Senhor como se Ele fosse um escravo. Todos percebem que chegou a hora e Jesus está livre e decidido.
A primeira leitura é o terceiro canto de Isaías – “não ocultei o rosto aos insultos” –, é o “Canto da Paixão”, porque relata com detalhes o sofrimento do servo. O Salmo é o 68: “Ficamos impressionados com o grito angustiado de um justo perseguido”.