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“Sede misericordiosos como o Pai”

“Sede misericordiosos como o Pai”

O Papa Francisco proclamou um “jubileu extraordinário” centrado na “misericórdia de Deus” e que terá início no dia 8 de dezembro de 2015, Solenidade da Imaculada Conceição e encerrará no dia 20 de novembro de 2016, na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo.  O Ano Santo Jubilar da Misericórdia terá início com a abertura da Porta Santa na Basílica de S. Pedro no Vaticano e coincidirá com o cinquentenário do encerramento do Concílio Ecumênico Vaticano II, que aconteceu em 1965 e reveste este ano santo de um significado especial, encorajando a Igreja a prosseguir a obra iniciada no Concílio.

A Igreja católica iniciou a tradição do Ano Santo com o Papa Bonifácio VIII em 1300. Ele planejou um jubileu por século. A partir de 1475, para possibilitar que cada geração vivesse pelo menos um Ano Santo, o jubileu ordinário passou a acontecer a cada 25 anos. Um jubileu extraordinário pode ser realizado em ocasião de um acontecimento de particular importância.

Até hoje, foram 26 Anos Santos ordinários. O último foi o Jubileu de 2000. Quanto aos jubileus extraordinários, o último foi o de 1983, instituído por João Paulo II pelos 1950 anos da Redenção. O rito inicial do jubileu é a abertura da Porta Santa na Basílica de São Pedro. Trata-se de uma porta que é aberta somente durante o Ano Santo e simboliza o conceito de que, durante o Jubileu, é oferecido aos fiéis um “percurso extraordinário" para a salvação.

Com o Jubileu da Misericórdia, o Papa Francisco coloca no centro das atenções o Deus misericordioso, que convida todos a voltar-se a Ele. O encontro com Ele inspira a virtude da misericórdia. Sua Santidade ressalta a grandeza da misericórdia divina e, ao mesmo tempo, a importância de os fiéis aplicarem em sua vida a virtude da misericórdia. “Na prática – disse o Papa – todos somos chamados a viver de misericórdia, porque conosco, em primeiro lugar, foi usada a misericórdia”.

O Santo Padre oferece algumas sugestões práticas para celebrar o Jubileu, como realizar uma peregrinação, procurar a confissão, não julgar e não condenar, mas perdoar e doar, permanecendo afastado das fofocas e das palavras movidas por ciúmes e invejas, tornando-se “instrumentos de perdão”; abrir o coração às periferias existenciais, realizar com alegria obras de misericórdia corporal e espiritual e incrementar nas dioceses a iniciativa de oração e penitência.

No Jubileu, as leituras para os domingos do tempo comum serão extraídas do Evangelho de Lucas, chamado “o evangelista da misericórdia”. Algumas das parábolas mais conhecidas escritas por ele são as da ovelha perdida, a da moeda perdida e a do pai misericordioso.

A misericórdia está presente na vida pastoral do Papa Francisco, desde seu lema episcopal: “Miserando atque eligendo” tirado das Homilias de São Beda o Venerável, sacerdote, o qual, comentando o episódio evangélico da vocação de são Mateus, escreve: «Vidit ergo Iesus publicanum et quia miserando atque eligendo vidit, ait illi Sequere me» (Viu Jesus um publicano e dado que olhou para ele com sentimento de misericórdia e o escolheu, disse-lhe: Segue-me).

 

Fontes:

http://opusdei.org.br/pt-br/article/o-papa-francisco-anuncia-um-jubileu-extraordinario-ano-santo-da-misericordia/

http://www.news.va/pt/news/bula-de-convocacao-oficial-do-jubileu-extraordinar

 

http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/apost_letters/documents/papa-francesco_bolla_20150411_misericordiae-vultus.html

santa teresinha