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O Senhor ressuscitou e seu povo iluminou, ao qual remiu com o seu sangue. Aleluia!

O Senhor ressuscitou e seu povo iluminou, ao qual remiu com o seu sangue. Aleluia!

Durante cinquenta dias, a Igreja vive o período pascal. Na alegria do ressuscitado, o coração do católico transmite essa felicidade ao mundo durante um longo período litúrgico. Este é o momento mais impactante na vida do fiel batizado, quando o Senhor vence a morte e mostra todo seu poder e glória ao mundo e ao pecado. Diz São Paulo que "se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e também é vã a nossa fé" (1 Cor.15.14).

Tudo transmite essa exultação interior, até mesmo nos gestos externos. A cor branca predomina na liturgia, os altares ficam sempre ornamentados com flores, os cantos marcados de uma exaltação à força de Deus, a expressão “aleluia” é repetida diversas vezes pelos sacerdotes e comunidade. O Círio Pascal queima em destaque no presbitério. Enfim, vive-se uma certeza de vitória do Cristo e eis centro de todas as solenidades, grandiosa e inundada de júbilo: "Esse é o dia que o Senhor fez, seja para nós dia de alegria e felicidade". (Sl.117,24). Com razão dizia Tertuliano: "Somai todas as solenidades dos gentios e não chegareis aos nossos cinquenta dias de Páscoa". 

Na história da humanidade ninguém nunca profetizou o próprio retorno à vida terrena. Jesus, cumprindo sua promessa, ressuscitou dos mortos ("Tenho o poder para entregar a minha vida, bem como para a reassumir" ( Jo.10,18 )). Nota-se que, no credo, reza-se: “Ressuscitou ao terceiro dia” e não “foi ressuscitado”. Só Jesus tem o poder de por sua própria força ressurgir da morte corporal. Nosso Senhor Jesus Cristo ressuscitou porque não era apenas homem, mas também Deus.

Outra diferença da Ressurreição de Cristo e a dos outros é devido ao tipo de vida para a qual o morto ressuscitou. Quando Lázaro, por exemplo, foi ressuscitado, retornou para a mesma vida de antes - vida terrena e corruptível -, ao passo que Cristo ressuscitou para vida gloriosa e incorruptível.

 

Aleluia, cantemos e louvemos ao nosso Senhor, Ele é digno de todo louvor.

Aleluia significa "louvem ao Senhor ou louvem Deus Javé". É um termo de origem hebraica: "Halleluyah", formado pela junção de Hallelu, que significa Louvar, mais Yah que é uma abreviação de Yahweh, que pode ser traduzida por Senhor.


Círio Pascal

 

O Círio Pascal é um dos símbolos mais evidentes da páscoa católica. A palavra "círio" vem do latim "cereus", de cera. O produto das abelhas. É uma vela grande acesa com rito próprio na Vigília Pascal como símbolo da Luz do Ressuscitado que brilha nas trevas. Possuí a inscrição em forma de cruz acompanhada da data do ano e das letras Alfa e Omega, a primeira e a última do alfabeto grego, para indicar que o Senhor Jesus, é princípio e o fim de tudo, do tempo e da eternidade. Há ainda incrustado cinco cravos de incenso simbolizando as cinco chagas santas e gloriosas do Senhor na paixão nas quais penetraram os aromas e perfumes levados por Santa Maria Madalena e as santas mulheres ao sepulcro. Permanece junto ao ambão durante todo o Tempo Pascal, até Pentecostes. Uma vez concluído o tempo Pascal, convém que o Círio seja dignamente conservado no batistério. É usado durante os batismos e as exéquias, isto é, no princípio e no término da vida temporal, para simbolizar que um cristão participa da luz de Cristo ao longo de todo seu caminho terreno, como garantia de sua incorporação definitiva à Luz da vida eterna. Por isso, todo o respeito a esse símbolo tão importante para o cristianismo.

Que este forte momento de festa leve a alma de cada cristão a se reaproximar do mistério da vida para que o mundo sinta os efeitos contínuos da beleza do salvador e libertador Jesus. Feliz Páscoa!

santa teresinha