Em Marselha, França, em 1214, um sacerdote erigiu no morro da Guarda uma capela em honra de Nossa Senhora. A Virgem adquiria um novo título. O culto desenvolveu-se rapidamente. Em 1477, estando a primitiva capela em ruínas, iniciaram a construção de outra capela que existiu até o século XIX. A imagem mais antiga que era venerada na antiga capela tinha o nome de Nossa Senhora Morena, por ser de cor escura. Esta imagem e outra, venerada como “A Virgem do Ostensório”, desapareceu na revolução de 1794.
Após a Revolução, a antiga capela foi reaberta em 1807. A nova imagem foi levada em solene procissão do convento de Picpus até o morro da Guarda. Todos os devotos acompanharam o cortejo com os pés descalços.
Este local mariano, que é motivo de santo orgulho para os marselheses, em 1837, foi entregue à cura dos padres oblatos, que construíram a grande basílica em estilo romano-bizantino, consagrada em 1864. Sobre a torre da basílica uma enorme estátua da Virgem guarda o porto e a cidade de Marselha. Cerca de um milhão e meio de peregrinos visitam anualmente a citada igreja. Muitas visitas de navegantes podem ser constatadas pelas miniaturas de navios e barcos oferecidos à Virgem com um pedido de proteção.
Até o século XVIII, os navios que regressavam à França, assim como todos os que estavam no porto, costumavam saudar Nossa Senhora com um tiro de canhão, enquanto os marinheiros se ajoelhavam no convés em oração.
Elevado em cima de uma rocha, o santuário sobressai-se na belíssima paisagem da baía de Marselha. Do alto, Nossa Senhora contempla seus filhos aguardando a visita dos citadinos, turistas e peregrinos que confiam na intercessão da Santa Mãe de Deus.
Nossa Senhora da Guarda rogai por nós!
Pe. Armando