Ama-se Deus ao amar um amigo, e só se ama de verdade um amigo quando se ama a Deus. E para amar e ser amigo de Deus “posso sê-lo agora mesmo”, disse Santo Agostinho.
A amizade é uma relação de alma para alma, visando sempre a caridade em Deus, pois não deve ser um relacionamento de interesses egoístas, mas de gratuidade. Porque é uma preciosidade, já que, um “amigo fiel é poderoso refúgio, quem o descobriu, descobriu um tesouro.” (Eclesiástico 6,14).
Conforme Santo Agostinho, a amizade deve estar intimamente ligada a Deus, porque Ele é o primeiro Amigo. Em ‘Confissões’, ele versa que “bem-aventurado o que te ama, Senhor, e ama ao amigo em Ti, e ao inimigo por amor a Ti; só não perde o amigo quem tem a todos por amigos Naquele que nunca se perde”. Esse amor acontece, verdadeiramente, quando temos por fundamento o vínculo de amizade com Deus, pois, para construir uma amizade verdadeira é preciso ser amigo d’Ele.
Uma forma de viver os ensinamentos de Santo Agostinho sobre a amizade é ter claro em nossos relacionamentos, que só se consegue ser amigo de verdade, quem é amigo de Deus.
A Sagrada Escritura afirma que “amigo fiel não tem preço, é imponderável o seu valor. Amigo fiel é bálsamo vital e os que temem o Senhor o encontrarão.” (Eclesiástico 6, 15-16) E Santo Agostinho fala que “a amizade é tão verdadeira e tão vital, que nada mais santo e vantajoso pode-se desejar no mundo”.
Concluindo, no livro das ‘Confissões’ ele diz: “Eu amava a meus amigos desinteressadamente, e também sentia que eles me amavam com o mesmo desinteresse”. A amizade passa por um amor maduro e desinteressado entre os amigos, cujo maior interesse é que ambos sejam amigos de Deus.
➡️ Trechos do texto escrito por Padre Márcio Leandro Fernandes - Canção Nova.