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Católicos e a devoção à Virgem Maria

Católicos e a devoção à Virgem Maria

"Deus pai juntou todas as águas e chamou-as mar; juntou todas as suas graças e chamou-as Maria" (São Luís Maria Grignion de Montfort).


 

É fácil encontrar questionamentos e informações erradas sobre a relação dos católicos e Maria Santíssima. A Igreja Católica dedica o mês de maio a Nossa Senhora. Por isso, a capa do informativo deste mês tratará de questões importantes sobre a devoção mariana, para que assim se possa aprimorar e aumentar o amor pela Mãe de Deus e dos homens.

Antes de tudo, é preciso reafirmar algo bastante claro: católicos não adoram Nossa Senhora. A Igreja ensina seus fiéis que a Latria (do grego "adorar") é devida somente a Deus.  A Dulia (do grego "honrar") é o culto de veneração devotado aos santos. Por Maria Santíssima ser a Mãe de Deus e mãe espiritual de toda a humanidade a ela é devida a Hiperdulia (do grego “alta veneração”). A latria está muito distante da dulia, assim como a dignidade do criador é muito maior do que a de qualquer criatura.

A devoção mariana iniciou-se com o cristianismo, basta lembrar das palavras do Anjo à jovem Maria: “Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo!” (Lc 1, 28). Ou então, ao encontrar a prima Isabel, esta proclama: “Bendita és tu entre as mulheres! Bendito é o fruto do teu ventre! Donde me vem a honra de que venha a mim a mãe do meu Senhor? Pois logo que chegou aos meus ouvidos a tua saudação, o menino saltou de alegria no meu seio.” (Lc 1, 42-44). É evidente a profecia feita por Maria em seu canto Magnificat: "Desde agora, todas as gerações me proclamarão Bem-aventurada!" (Lc 1, 48). Inúmeras passagens bíblicas podem ser usadas para justificar e legitimar a prática de honra à Virgem Santíssima.

O fim único de qualquer prática mariana é Jesus, o único Senhor e Salvador. Este é o desejo de Maria, levar o mundo até seu Divino Filho. A verdadeira devoção mariana é cristocêntrica.

São Luís Maria Grignion de Montfort (1673-1716) escreveu o “Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem”. O livro fala da devoção a Nossa Senhora e da necessidade da consagração a Ela. O Tratado foi promulgado pelo Papa Pio IX em 12 de maio de 1853, em Roma. Através de um decreto, os escritos de São Luís foram declarados isentos de qualquer erro. Além disso, o Tratado apresenta um método simples e eficaz de consagração, de se entregar inteiramente à Maria. Para o santo, quanto mais conhecer Maria, mais conhecido será Jesus. Não pode, pois, haver receio de desagradar ao Filho, amando verdadeiramente sua Mãe. 

Existem diversas formas de honrar a Mãe de Jesus. Entre as mais conhecidas práticas exteriores estão: trazer as suas insígnias como o Rosário, o Terço, o escapulário ou a medalha milagrosa; rezar com modéstia, atenção e devoção o Rosário completo, o Terço, Ladainha de Nossa Senhora, o Ofício da Imaculada, ou outras orações em honra de Maria; cantar e incentivar os cânticos espirituais em sua honra; enfeitar os seus altares, coroar e embelezar as suas imagens; levar e incentivar as procissões com suas imagens; colocar imagens suas, ou o seu nome, nas igrejas e residências.

A palavra Rosário significa "Coroa de Rosas". Cada vez que se reza uma Ave-Maria, é entregue uma rosa à Maria e, no fim de um terço ou um rosário o fiel entrega seu ramalhete espiritual a essa Mãe tão terna e boa. Disse o papa emérito Bento XVI, no Santuário de Nossa Senhora de Fátima, em 12 de maio de 2010: “A oração do Terço permite-nos fixar o nosso olhar e o nosso coração em Jesus, como sua Mãe, modelo insuperável da contemplação do Filho”. A oração do Santo Rosário surgiu, aproximadamente, no ano 800 à sombra dos mosteiros. Dado que os monges rezavam os salmos (150), os leigos, que em sua maioria não sabiam ler, aprenderam a rezar 150 Pai Nossos. Com o passar do tempo, se formaram outros três saltérios com 150 Ave Marias, 150 louvores em honra a Jesus e 150 louvores em honra a Maria. Por volta de 1206 a Virgem Maria apareceu a São Domingos Gusmão e entregou o Rosário como uma arma poderosa para a conversão dos hereges e outros pecadores.

 

“Um cristão sem Maria está órfão. Também um cristão sem a Igreja é um órfão. Um cristão precisa destas duas mulheres, duas mulheres mães, duas mulheres virgens: a Igreja e a Mãe de Deus.” Papa Francisco.

Dicas de leituras marianas:

"A Mulher do Apocalipse" - Prof. Felipe Aquino.

“Consagração a Nossa Senhora” - Dom Antonio Maria Alves.

"Glórias de Maria" - Santo Afonso Maria de Ligório.

“Imitação de Maria” – Autor desconhecido.

“Ladainha De Nossa Senhora - O Sentido De Cada Invocação” - Pe. Joãozinho, SCJ .

“Maria, Mãe dos Cristãos” - Padre Mário Bonatti.

“Maria, A Mulher do Gênesis ao Apocalipse” - Monsenhor Jonas Abib.

“O Segredo de Maria” - São Luis de Montfort.

"Salve, Santa Rainha" - Scott Hahn.

“Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem” - São Luís Maria Grignion de Montfort.

“9 Meses com Maria” - Padre Luiz Erlin.

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