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A missão guanelliana trilha os caminhos do coração

A missão guanelliana trilha os caminhos do coração

O Ano do Centenário é uma ocasião providencial para fazer memória, mais uma vez, dos dons que Deus nos deu na vida e na santidade do Fundador.

“Caríssimos coirmãos,

Além do dever que temos de celebrar dignamente a memória da passagem desta terra ao Céu do nosso fundador, e de manter vivo o interesse ao tema do sínodo dos Bispos sobre a família, quero apresentar também alguma reflexão sobre o espírito missionário que nos deve caracterizar como guanellianos, sobre o exemplo de São Luís Guanella.

Na atual situação mundial é certamente necessário viver o espírito missionário próprio do discípulo que cultiva o desejo de levar o Senhor nas periferias mais necessitadas do nosso mundo e responder às situações de emergência que estão se apresentando por causa da globalização, neste período de instabilidade mundial.

Todos nós estamos convencidos que hoje Pe. Guanella nos impeliria com palavras fortes a responder a esta situação e a fazê-lo com toda a força do nosso carisma, conscientes, como ele era, que nós temos uma marcha a mais para fazer-nos compreender também por outras culturas: a linguagem da caridade e o calor do amor de Deus que nos anima por dentro. Deve ser a linguagem do amor a forma mais apta para chegar ao coração das pessoas. Exatamente: “Pelos caminhos do coração”!

Esta é a estratégia mais essencial para o guanelliano em toda circunstância! Não é somente a ajuda material, dar o pão, que abre os corações das pessoas e em particular dos pobres. Eles necessitam entender que a nossa motivação básica não é somente um sentimento humano de solidariedade, mas procede da Caridade, do amor de Deus.

Certo não faltarão dificuldades, iniciais incompreensões, comparações, riscos a serem enfrentados, decisões a serem assumidas. Nas famílias não há todas rosas e flores. Quanta dificuldade, tentativas fracassadas, pedidos de ajuda nos veem das famílias que conhecemos e que estão perto de nós. Mas isso não é sinônimo de impossibilidade de viver juntos ou demonstração que não vale a pena fazer escolhas deste tipo.

A nossa vida comunitária deve ser exemplo e testemunho para as famílias para dizer-lhes que é possível antes bonito e enriquecedor, viver juntos apesar de tantas ideias diversas, mentalidade, cultura, gostos, tomadas de posições algumas vezes também opostas.

Pe. Guanella escreve às suas irmãs: “Vós não tendes pátria, pois todo o mundo é vossa pátria”, ele não somente entende que o seu carisma de caridade tem os confins do mundo inteiro, mas estimula cada qual, pessoalmente, a sentir qualquer coirmão como seu concidadão, ou melhor, como irmão unido a ele pelo vínculo da caridade de Cristo.

Acolhendo também nós a insistência do Papa para fazer escolhas mais missionárias no nosso apostolado, não tenhamos medo de discutir algumas das nossas posições estáticas em viver a vida religiosa e nos lançar com maior alegria e entusiasmo em algumas iniciativas que deem maior sentido evangelizador à nossa vida.”

 

Pe. Alfonso Crippa – Superior Geral dos Servos da Caridade

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